John Milton Cage Jr. (5 de setembro de 1912  — Nova Iorque, 12 de agosto de 1992) foi um compositor, teórico musical, escritor e artista dos Estados Unidos. Cage foi um pioneiro da música aleatória, da música eletroacústica, do uso de instrumentos não convencionais, bem como do uso não convencional de instrumentos convencionais, sendo considerado uma das figuras chave nas vanguardas artísticas do pós-guerra.

Críticos o têm como um dos mais influentes compositores estadunidenses do século XX.[1][2][3][4], principalmente por sua parceria com o coreógrafo Merce Cunningham.[5][6]A obra mais conhecida de Cage é 4′33″, composto em 1952. A não se utiliza de sons deliberados. Os músicos a apresentá-la não tocam nada durante o tempo especificado no título, ficando apenas quietos, por esse tempo, diante do instrumento. O conteúdo da composição não é quatro minutos e trinta e três segundos de silêncio, como se poderia supor, mas sim de sons do ambiente ouvidos pelo público durante a audição. [7][8]

John Cage during his 1966 concert at the opening of the National Arts Foundation in Washington, D.C.

Estudou com Henry Cowell (1933) e Arnold Schoenberg (1933–1935), ambos conhecidos por suas inovações radicais na música. Entretanto, as maiores influências de Cage vêm da Ásia. Através de seus estudos de filosofia indiana e zen budismo nos anos 40, Cage chegou à ideia de música aleatória, que começou a compor em 1951. O I Ching, texto clássico chinês, tornou-se uma importante ferramenta de composição para Cage pelo resto da vida. Em uma conferência em 1957 sobre música experimental, ele descreveu a música como “um jogo sem propósito, que é uma afirmação da vida – não uma tentativa de trazer a ordem no caos nem sugerir aperfeiçoamentos na criação, mas simplesmente um jeito de acordar para as muitas vidas que estamos vivendo” (no purposeless play which is an affirmation of life – not an attempt to bring order out of chaos nor to suggest improvements in creation, but simply a way of waking up to the very life we’re living).